O nome de uma marca é importante porque precisa dizer, mesmo sem explicar... já parou pra pensar o quão difícil é encontrar uma palavra assim?
Bom, posso falar por mim, precisei de muito tempo para amadurecer essa decisão.
Mas como inventar algo novo quando quase tudo que se pode imaginar já foi criado?
Depois de muito tempo pensar e buscar referências nos mais diferentes lugares encontrei um livro chamado "A botânica e a nomenclatura indígena", de João Barbosa Rodrigues. O livro, publicado em 1905 é uma relíquia e, entre outras coisas, defende o fato de que a nomenclatura das plantas criada pelas tribos indígenas brasileiras é muito mais funcional do que a usada científicamente, com o latim.
O tema é maravilhoso por defender a cultura originalmente brasileira e por trazer várias curiosidades sobre palavras que usamos no nosso dia-a-dia, por exemplo, você sabia que "maracujá" tem como origem "murukuyá" que significa: Fruta que faz vaso.¹? Incrível demais!
Voltando ao livro, uma palavra me chamou atenção: Pacová. Eu sempre admirei essa planta e amo o som dessa palavra que parece encher a boca: PA-CO-VÁ. Engraçado que apesar de amar essas folhas exuberantes, eu simplesmente não havia considerado esse termo como uma opção de marca - até aquele momento. Rodrigues segue contando que pacová é uma palavra originária de pacob ou pacobá e que além de ser o nome da planta que há anos eu admiro, é também o "gênero em que estão incluídas as musas ou bananeiras."²
Apesar de não ser uma fruta nativa, a banana é ou não é a cara do Brasil?
Chegamos então no significado de pacobá:
Bom, sabendo de tudo isso, do meu amor pela brasileiríssima pacová, a descoberta de que ela também se refere à bananeira e que pacobá pode ser seu sinônimo, finalmente percebi que eu havia tomado uma decisão.
referência: RODRIGUES, de João Barbosa. "A botânica e a nomenclatura indígena", 1905.
disponível para consulta nesse link. ¹ pág.58 | ² pág.40 | ³ pág.40